A iniciativa Business Action to Stop Counterfeiting and Piracy (BASCAP) – um projeto especial da Câmara de Comércio Internacional – apresenta um estudo inovador que sublinha os passos que os intermediários devem seguir para ajudar a manter os produtos falsos e pirateados fora da cadeia de abastecimento e fora da Internet.
O estudo – Papel e Responsabilidade dos intermediários: combater a contrafação e a pirataria na cadeia de abastecimento – aborda os intermediários chave no mundo físico e aqueles que fornecem infraestruturas e serviços online, contendo a revisão mais abrangente até ao momento relativo aos vários tipos de canais utilizados pelas redes criminosas para vender e distribuir conteúdos falsos e pirateados.
Ao comentar o estudo, o Diretor do BASCAP, Jeff Hardy, disse: ”o comércio está a ser revolucionado pela emergência de cadeias de valor globais integradas e a explosão do comércio online. Os intermediários – de empresas de transporte expresso através de motores de busca online – são agora parte central da economia global. Isto é um desenvolvimento extremamente positivo, mas os intermediários devem assegurar que têm os sistemas adequados para abordar os crescentes riscos de pirataria e contrafação”.
O estudo expõe um número de lacunas na rede global de infraestruturas e serviços que produzem, vendem e entregam produtos aos consumidores de todo o mundo, e pede aos intermediários responsáveis para reforçar os seus sistemas para prevenir a venda de bens contrafeitos e conteúdos pirateados.
O Sr. Hardy acrescentou “grande parte dos intermediários, quando melhor informados acerca da potencial exploração e dos danos da contrafação e pirataria, demonstraram vontade em manter segura do abuso a sua porção da cadeia de abastecimento. Isto é, sem dúvidas, um assunto de reputação para as empresas líderes. O estudo do BASCAP realça um conjunto de medidas para ajudar as empresas responsáveis a lidar com maior eficiência com as potenciais vulnerabilidades nas suas operações e plataformas”.
“Identificamos um conjunto de melhores práticas de empresas de transporte expresso que implementam estruturas de monitorização robustas, através de motores de busca que implementam sistemas de takedown reforçados para conteúdos e websites violados. Mas mais pode – e deve – ser feito para eliminar as fraquezas que são atualmente exploradas pelas redes criminosas. Com a publicação deste estudo nenhuma empresa pode dizer “não é a minha responsabilidade” ou “não há nada que possamos fazer”.
O estudo sublinha de que forma as vulnerabilidades da cadeia de abastecimento coloca em risco os consumidores perante produtos não seguros e falsos. De acordo com a OECD mais de 205 biliões de dólares em bens contrafeitos é deslocado entre fronteiras a cada ano. Quando as infrações da Internet, vendas nacionais ou perdas indiretas dos governos e dos consumidores são incluídas, o impacto global estimado destas atividades ilegais poderia aumentar em mais de 1,7 triliões anuais.
O Sr. Hardy concluiu: “o combate à contrafação e pirataria por partes dos intermediários deve ser uma prioridade. Vimos intermediários a tomar passos para proteger a cadeia de abastecimento de atividades ilícitas e ilegais noutras áreas como o branqueamento de capitais e a venda de narcóticos. O desafio consiste em encorajar todos os intermediários a seguir as melhores práticas e aplicar medidas preventivas similares à contrafação e pirataria”.
“O nosso estudo demonstra que isto é alcançável ao utilizar tecnologias existentes e práticas empresariais. As recomendações do BASCAP devem ser vistas como o ponto inicial sobre como aplicar as melhores práticas nas cadeias de abastecimento e nos sistemas online globais. Precisamos que os intermediários e os detentores de direitos trabalhem em conjunto para fazer com que aconteça”.
O relatório pode ser visto na página do BASCAP.
Saiba mais sobre o BASCAP.