A Organização Mundial de Empresas

Grupos Empresariais e Industriais pedem inclusão no Acordo de Paris

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O eleitorado de organizações não-governamentais de empresas e indústrias (BINGO) nas conversações climáticas das Nações Unidas apelou hoje aos negociadores para reconhecerem explicitamente o papel positivo das empresas e para assumirem uma posição definida e reconhecida para o envolvimento das empresas no Acordo Final de Paris.

À medida que os governos iniciam o trabalho no texto recentemente adotado para a negociação – o grupo BINGO pede aos Ministros que incluam uma referência explícita às empresas no preâmbulo do Acordo final. Tal referência deveria reforçar as ações empresariais no apoio à agenda climática global – inclusive ao reconhecer e impulsionar a experiência das empresas no desenvolvimento de políticas climáticas internacionais através da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações do Clima.

Apesar do atual texto conter um número de referências limitadas a empresas nas decisões preliminares (ver nota 1), os grupos referiram que tal se poderá estender ao Acordo principal e de longo prazo, de forma a refletir as contribuições das empresas para liderar a redução de emissões de gases, para criar resiliência climática e usar o conhecimento e capacidade que as empresas podem oferecer a este Acordo.

Em particular, as empresas têm um papel significativo na: pesquisa e desenvolvimento; na implementação de tecnologias com baixa emissão de carbono; investimento; comércio; finanças; medição; comunicação e verificação das emissões e na gestão de risco. Na elaboração e implementação do Acordo de Paris os governos podem utilizar a experiência e conhecimentos do sector privado para ajudar a informar quais serão os próximos passos e reforçar a ação de mitigação e de adaptação.

Estamos aqui, estamos envolvidos e estamos para ficar”, disse John Danilovich, Secretário-Geral da ICC, que representa as empresas nas conversações climáticas das Nações Unidas.

As empresas são relevantes para o sucesso de qualquer acordo internacional relacionado com as alterações climáticas – mas precisamos de políticas de longo prazo adequadas que nos permitam fazer mais. Incluir as empresas nos resultados das conversações de Paris seria um importante passo em frente na forma como nos aproximamos do desafio partilhado referente às alterações climáticas”.

Nos últimos 18 meses houve um significativo aumento na ação e investimento por parte de empresas e empreendedores de todo o mundo, que estão dispostos, prontos e capazes a cumprir a sua parte na liderança da transformação económica de baixas emissões de carbono. Um compromisso reconhecido por parte das empresas apoiará o desenvolvimento de políticas climáticas eficazes, ao fornecer perspetivas sobre o funcionamento dos mercados e das cadeias de valor – permitindo também aos formuladores de políticas a utilização do conhecimento e experiência do sector privado.

*Nota 1: No texto de negociação, adotado no sábado, o sector privado é mencionado nas opções para as decisões relacionadas com o desenvolvimento e transferência de tecnologia, ação pré 2020 e ação aumentada.

Consulte o Press Release.

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