A Organização Mundial de Empresas

ICC Reino Unido: 86% das empresas internacionais que participaram no questionário acreditam que o Reino Unido deve permanecer na União Europeia

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  • 86% das empresas internacionais acreditam que o Reino Unido deve permanecer na União Europeia - diz a ICC Reino Unido
  • 82% disse que o Reino Unido seria menos atrativo como ponto de acesso à UE
  • 74% sente que o Reino Unido teria menos influência política se deixasse a UE
  • 46% dos respondentes iriam reduzir o investimento no Reino Unido se deixasse a UE
  • 35% mencionou que iriam diminuir a empregabilidade se deixasse a UE

Um questionário dirigido a empresas internacionais levado a cabo pela Câmara de Comércio Internacional (ICC) Reino Unido, em conjunto com Hogan Lovells LLP, revelou que 86% dos respondentes sentem que o Reino Unido deve votar para permanecer na UE, com apenas 8% das respostas a indicar que deve sair da UE. A grande maioria (82%) das empresas internacionais consultadas afirmaram que o Reino Unido seria menos atrativo se deixasse de pertencer à UE, com 46% das respostas afirmando que reduziriam o investimento no Reino Unido em caso de saída. Por último, 35% afirmou que reduziria as oportunidades de emprego e 74% indicou que o Reino Unido teria menos influência na UE (veja a infografia).

"Este é um momento muito importante para o Reino Unido e terá grandes implicações para as próximas gerações. É vital que seja um debate baseado em factos", disse Sir Mike Rake, Presidente da ICC Reino Unido. "Os factos apresentados no questionário são claros como a água: as empresas internacionais querem que o Reino Unido continue a fazer parte da UE. Consideram que estamos melhor na UE e que devemos continuar a comprometer-nos construtivamente para melhorar a competitividade e atrair Investimento Direto Estrangeiro".

Como parte da maior organização mundial de empresas, a ICC Reino Unido oferece uma plataforma para as empresas internacionais darem voz às suas preocupações e influenciarem políticas. O questionário foi respondido em 27 países com 226 respondentes - incluindo um conjunto de grandes empresas, PME e comerciantes individuais de várias indústrias e sectores.

"Os resultados do inquérito revelam uma preferência clara perante a permanência do Reino Unido na UE", disse Chris Southworth, Diretor da ICC Reino Unido.

Como suporte aos resultados do questionário, a ICC Reino Unido pediu a algumas figuras de renome de empresas internacionais o seu contributo para este debate:

Alemanha

Dr. Werner Brandt, Presidente da ICC Alemanha, Presidente da ProSiebenSat.1 Media AG e Membro do Conselho de Administração da RWE AG, Deutsche Lufthansa AG e QIAGEN N.V.: "Um potencial Brexit – saída do Reino Unido da UE - não apenas ameaça separar a Europa como certamente terá ainda um impacto significativo na economia mundial. O Reino Unido precisa da UE e a UE precisa do Reino Unido. Esperamos que o pragmatismo britânico seja decisivo no final."

Klaus-Peter Müller, Vice-Presidente da ICC Alemanha e Presidente do Commerzbank AG: "Foi sugerido, a dada altura, que um Brexit poderia acarretar grandes oportunidades para o centro financeiro da Alemanha, Frankfurt. Mas na minha opinião esta é uma visão pouco ambiciosa. A realidade é que um voto a favor da saída irá apenas gerar perdas no Reino Unido e em toda a UE."

Ulrich Grillo, Presidente do BDI, comenta: "O governo britânico fez algumas exigências razoáveis. A UE deve reforçar a competitividade Europeia e reduzir consideravelmente a excessiva burocracia. O Brexit irá apenas guiar-nos a um beco sem saída. A saída da UE iria não apenas danificar o mercado interno como ainda enviar um sinal calamitoso aos restantes Estados Membros Europeus. As empresas alemãs têm apenas uma mensagem para partilhar com os seus vizinhos britânicos: permaneçam - é do vosso interesse."

França

Loïc Armand, Vice-Presidente da ICC França, Presidente do Comité Europeu da MEDEF: "Em 1916, as duas batalhas mais terríveis da 1ª Guerra Mundial resultaram em 1,4 milhões de baixas inglesas, francesas e alemãs. Um século depois, a União Europeia é uma história de sucesso. Significa paz, segurança, prosperidade porque todas as nações Europeias entendem que num mundo global e muitas vezes perigoso, juntos são mais fortes e mais seguros. Os nossos valores comuns são muito mais importantes do que todos os conflitos atuais.

O referendo do Reino Unido não deve ser visto como a mera expressão de um projeto de uma ilha distanciada do continente. David Cameron lançou uma questão válida que muitas pessoas, longe do círculo de Bruxelas, se estão a perguntar a si mesmas.

A França é um dos fundadores da União Europeia e parte de um projeto político e económico ambicioso que requer maior integração na zona Euro. Apoiamos todos os passos que precisam de ser implementados para alcançar este objetivo.

Contudo, apoiamos também um mercado único europeu, que abrange 28 países que são membros da UE. Isto deve, sem dúvida, abarcar o Reino Unido.

Não queremos destruir o projeto europeu ao incapacitar aqueles que desejam maior liberdade para decidir algumas das suas próprias regras ou a sua própria moeda.

Os Estados Unidos da Europa continuam a ser um sonho de poucos. Vamos manter vivo o projeto mais alcançável das Nações Unidas da Europa para todos os 28. Vamos mudar a nossa Europa para salvar a Europa e assegurar a paz e prosperidade para cada cidadão."

Holanda

Hans de Boer, Presidente da Confederation of Netherlands’ Industry and Employers VNO-NCW: "O Reino Unido deixou a sua marca nas regras da UE ao longo de vários anos e tornou-a melhor ao insistir em ter um mercado maior, mais comércio internacional, menos governo, melhores regras. Ao fazer isso, o Reino Unido tornou-se num importante aliado do meu país. Ao ser membro da UE o Reino Unido ajudou a moldar as regras no seu mais importante mercado de exportação para serviços financeiros. Seria insensato desperdiçar esse trunfo. E como membro da UE, o Reino Unido tornou-se no segundo mercado para o qual a Holanda mais exporta e o destinatário de €177 biliões de investimento holandês. O Reino Unido tem de permanecer na UE. É inquestionável para o interesse de todos."

Consulte o Press Release.

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